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OS DESAFIOS DO PRODUTOR RURAL EM MEIO ÀS CRISES DO SETOR

Em meio a um cenário de incertezas econômicas e mudanças no setor financeiro, os produtores rurais enfrentam desafios cada vez maiores para manter a saúde financeira das propriedades. Em uma análise recente, o consultor de Gestão Financeira e Governança, Randolfo Augusto de Oliveira, alertou para uma série de acontecimentos que podem impactar diretamente a vida do produtor rural.

 

Dias atrás o Banco do Brasil elevou as provisões para devedores duvidosos (PDD) para o valor de R$42 bilhões, mostrando a preocupação do banco com a inadimplência, especialmente no agro. Segundo Oliveira, isso pode significar um aumento nas exigências de garantias nas liberações de crédito e uma redução nos montantes financiados, tanto pelo Banco do Brasil quanto por outras instituições financeiras.
Outro assunto que vem rondando o cenário econômico diz respeito a taxa Selic. Analistas econômicos estão prevendo um aumento que poderá saltar de 13,25%, chegando na casa dos 15% nos próximos meses resultando em juros de empréstimos mais caros.

 

Não bastasse isso, um ofício do Governo Federal circulou pelo país, suspendendo novos financiamentos subsidiados pelo Tesouro Nacional, no que se refere ao Plano Safra 24/25. Depois de uma pressão forte do setor, o Governo recuou, embora sabe-se que o assunto não deva se encerrar por aqui. “Embora o governo alegue que a medida se deva à falta de aprovação da Lei Orçamentária de 2025 no Congresso, acredito que os principais fatores envolvem a falta de recursos e o comprometimento insuficiente do governo com o agronegócio brasileiro”, comenta.

 

Diante de cenários duvidosos, os produtores rurais se veem em uma encruzilhada: esperar por soluções governamentais que podem demorar ou nunca chegar, ou tomar a responsabilidade e buscar alternativas para reorganizar os negócios. Para Oliveira, a segunda opção, embora mais desafiadora, é a mais eficaz. Ele sugere que os produtores adotem uma postura proativa, estruturando suas fazendas como empresas profissionais, com um planejamento financeiro claro para o médio, curto e longo prazo. “Embora esse caminho demande esforço e saia da zona de conforto, ele é o único que pode garantir a continuidade e o crescimento do negócio familiar”.

 

A boa notícia é que, para quem escolher essa segunda opção, existem especialistas e empresas capacitadas para ajudar na reorganização do negócio, fornecendo o suporte necessário para superar a crise. “O recado é claro: é hora de agir rapidamente e pensar no futuro de forma estratégica e nesse sentido, profissionais e empresas especializadas podem te assessorar, dar o caminho das pedras e caminhar junto com você até estar bem estruturado”, conclui.