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GOVERNANÇA COMO PILAR DA SUSTENTABILIDADE: RANDOLFO OLIVEIRA DESTACA A IMPORTÂNCIA DA ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS RURAIS DURANTE A 14ª JORNADA TECNOLÓGICA EM RIO VERDE

A 14ª edição da Jornada Tecnológica, promovida pelo Sindicato Rural de Rio Verde e o Faeg Jovem, consolidou-se como um espaço essencial para o debate de temas estratégicos do agronegócio brasileiro. Com patrocínio da Agricompany e da Amaral e Melo Advogados, o evento, que reuniu mais de 240 produtores rurais, estudantes e profissionais do setor, teve como foco principal o tema ESG.

Um dos pontos altos da programação foi a mesa-redonda sobre Governança, com a presença do Consultor Financeiro Randolfo Oliveira. O painel chamou atenção pela abordagem prática e direta sobre os desafios e as oportunidades da governança no campo. “A governança não é um modismo, assim como o ESG, ambas são uma necessidade, uma questão de sobrevivência das empresas rurais. A governança está sendo o diferencial entre o sucesso e o fracasso das propriedades rurais”, destacou.

 

Oliveira explicou que a governança nas propriedades começa pela organização básica: a separação clara entre as contas da empresa e as finanças pessoais dos proprietários. “Sem isso, você não tem visibilidade financeira. E sem visibilidade, as informações ficam poluídas e as dificuldades para as tomadas de decisões serão cada vez maiores”.

 


Durante a participação da mesa redonda, o consultor compartilhou a experiência pessoal de formação dos filhos, destacando a importância de vivenciar o mercado antes de assumir cargos na empresa da família. “Fiz meus filhos trabalharem primeiro em outras empresas para que eles entendessem melhor o funcionamento e isso foi uma estratégia de governança: preparar a sucessão com responsabilidade.”

A preocupação com a formação de mão de obra qualificada também foi destaque. Oliveira explanou sobre um trabalho realizado em Jataí em busca de mão-de-obra qualificada e para o espanto a conclusão foi de que atualmente as empresas não avaliam mais, na hora da contratação, somente a experiência para o cargo. “Sabe o que descobrimos? A maior demanda não é por conhecimento técnico. As empresas rurais querem jovens com vontade de trabalhar, estudar e que sejam éticos. O resto eles ensinam. Mas esse tipo de profissional está cada vez mais difícil de achar”.

Outro ponto de destaque foi o impacto direto da governança na relação com instituições financeiras e fornecedores. Randolfo enfatizou que, ao apresentar protocolos claros de gestão financeira e governança, os produtores têm conquistado melhores condições de crédito. “O produtor rural que busca crédito e que já tem pré-estabelecido um plano de governança e financeiro, acaba conseguindo juros mais baixos porque possui um plano de ação estruturado. Quando mostramos isso para bancos e revendas, as portas se abrem. A governança virou um selo de confiança.”

 


Para ele, entender o papel da educação financeira e da governança é essencial para qualquer negócio. “Todas as decisões passam pela parte financeira. Por isso, é preciso ter o básico, dominar os conceitos essenciais para tomar boas decisões no dia a dia”, concluiu.