A recente decisão do Supremo Tribunal Federal trouxe clareza e um novo horizonte para as obras de infraestrutura financiadas pelo fundeinfra em Goiás e geridas pelo IFAG.
Entenda o que muda, o que permanece e como o setor pode se preparar para os próximos passos, transformando desafios em oportunidades concretas.
SITUAÇÃO ATUAL: CLAREZA E CONTINUIDADE PARA O CAMPO
A decisão do STF sobre as obras do Fundeinfra com o IFAG, divulgada em 21/10, trouxe um alívio e uma direção clara para o agronegócio. O ministro Alexandre de Moraes esclareceu que a suspensão das leis que regem o fundo vale apenas para o futuro, a partir de 10/10/2025. Isso significa que todas as obras já contratadas e em execução antes dessa data seguem normalmente, sem risco de paralisação. Os contratos permanecem ativos, os pagamentos seguem e a pavimentação das estradas continua. O bloqueio se aplica apenas à possibilidade de novos contratos nesse modelo, impulsionando a busca por alternativas e a inovação no setor.
AS OBRAS EM EXECUÇÃO
A partir deste entendimento, o Ifag fica autorizado a seguir executando sete projetos inscritos no Termo de Colaboração, firmado em 23 de junho de 2025. As sete obras compreendem os seguintes trechos: GO-178A, pavimentação de 38,8 quilômetros entre a BR-364 e a GO-306, em Jataí; GO-180, 32,88 quilômetros entre as GOs 467 e 306, no Sudoeste goiano; GO-147, entre Bela Vista de Goiás e Silvânia; GO-461, 52,35 quilômetros entre os entroncamentos da GO-194 e da GO-221, em Doverlândia; GO-178B, 46,5 quilômetros, do entroncamento da GO-306 até o município de Itarumã; GO-220, 68,37 quilômetros, do entroncamento da GO-178 até a GO-184, no Sudoeste Goiano; e a GO-206, em fase de readequação do anteprojeto.
O Ifag já tem quatro obras efetivamente em campo. Duas delas, na GO-178A e 180, com avanço de 15% e 12%, respectivamente.
AÇÕES E CONSEQUÊNCIAS: NAVEGANDO O FUTURO DA INFRAESTRUTURA
A decisão do STF, ao mesmo tempo que garante a continuidade, sinaliza a necessidade de proatividade e inovação. É hora de o agronegócio, em conjunto com o poder público e a iniciativa privada, avaliar as ações estratégicas que podem ser tomadas e as suas consequências diretas para o setor, garantindo um futuro de infraestrutura robusta e sustentável.
Tal decisão, longe de ser um ponto final, é um novo ponto de partida. Ela garante a continuidade de investimentos cruciais e, ao mesmo tempo, nos impulsiona a pensar de forma mais estratégica e inovadora. O agronegócio brasileiro tem a capacidade de se adaptar e prosperar, transformando este momento em uma oportunidade para construir uma infraestrutura ainda mais resiliente, diversificada e alinhada com as melhores práticas de governança. O futuro da logística no campo está em nossas mãos, e a proatividade será a chave para desbravar novos caminhos.