Para aproveitar as vantagens oferecidas pelo seguro agrícola, o produtor precisa entender qual modalidade escolher, como contratar esse serviço e o que fazer para fugir de problemas.
O agronegócio é um dos poucos setores da economia brasileira que consegue manter os níveis de crescimento e esse resultado se dá pelo fato de safras bem planejadas, aumento de investimentos sejam eles em aquisição de maquinários ou até mesmo de equipamentos e em altas tecnologias utilizadas.
Se por um lado o setor tem se destacado, por outro ele está a mercê de fatores que também podem inviabilizar a produtividade, como por exemplo o clima e é nesse sentido que entra uma ferramenta indispensável, o seguro rural, importante mecanismo de proteção para que os produtores possam investir no setor com alguma segurança no caso de adversidades climáticas.
A principal benfeitoria de um seguro rural eficiente para o produtor é a segurança para continuar investindo na produção e se manter competitivo no agronegócio, mesmo sob condições de perda patrimonial ou frustração de safra. O engenheiro agrônomo e Coordenador Institucional do IFAG (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás) Leonardo Machado reforça a ideia de que o seguro é a única ferramenta para mitigar os riscos de produção. “O seguro não impede a perda, mas ele impede o dano econômico, protege os custos do produtor, seja ele na agricultura como na pecuária e por este motivo, é essencial na atividade”.
MODALIDADES DE SEGUROS RURAIS
A legislação prevê as seguintes modalidades de Seguros Rurais:
Seguro agrícola;
Seguro pecuário;
Seguro aquícola;
Seguro de florestas;
Seguro de penhor rural – instituições financeiras públicas e instituições financeiras privadas;
Seguro de benfeitorias e produtos agropecuários;
Seguro de vida do produtor rural;
O mercado possui um leque enorme de seguros, e é nesse momento que o produtor rural deve ficar muito atento para não assinar nenhum contrato sem antes conhecer e ler previamente quais serão os serviços oferecidos no seguro, pois, em alguns casos, o seguro poderá não ser benéfico ao produtor. “O seguro rural não pode ser uma contratação de balcão, o produtor não pode contratar por contratar, ele deve ler todas as cláusulas, saber quais os riscos cobertos e excluídos e quais são as regras que esse produtor precisa seguir para que ele, em caso de utilização, seja bem utilizado”, recomenda Machado.
O Coordenador Institucional do IFAG esclarece que o seguro no Brasil é mal vendido, sem as explicações devidas, sem exemplificar os termos e riscos cobertos e nesse sentido o produtor não entende como deve proceder e por muitas vezes contrata algo que lá na frente não será viável para ele. “Os seguros exigem algumas especificações, como por exemplo plantar na área indicada, plantar a cultivar indicada, informar qualquer modificação que altere a natureza do risco, tudo isso deve ser levado em consideração, conhecer o que está contratando é fundamental”.
Alguns itens devem ser levados em conta na hora da assinatura de qualquer contrato de seguro rural, entre eles estão: Riscos cobertos, Riscos não cobertos, Vigência do seguro, Carência, Nível de cobertura, Percentual de franquia., Pagamento do prêmio, Obrigações do segurado, Inspeções, Modificação da apólice, Cancelamento da apólice, Comunicação do sinistro, Apuração dos prejuízos indenizáveis e Liquidação de sinistro. “A melhor contratação de seguro é aquela onde o produtor obtenha a melhor vantagem em relação ao pagamento do prêmio, pois este é algo muito caro nos seguros, fazer a cotação e pesquisar é primordial”. Machado lembra também de um detalhe importante, a assistência em caso de acionamento.