O mês de fevereiro foi marcado por um clima predominantemente nublado e chuvoso na região, o que causou certa dificuldade na hora da colheita. Segundo o climatologista Professor Doutor Gilmar Oliveira Santos, a falta de brilho solar prejudica o desempenho da colheita, uma vez que a ausência de radiação solar causa um aumento no orvalho durante a noite, o que acaba fazendo com que os grãos ganhem umidade e em alguns casos, a sequência de dias nublados tem dificultado a colheita do dia seguinte.
O meteorologista afirma que apesar disso, no mês de fevereiro houve uma janela favorável para a colheita e nesse início de mês a previsão é de tempo parcialmente nublado, com uma baixa probabilidade de chuva, o que vai favorecer a colheita de soja.
Já para os produtores de milho, a situação é mais tranquila. “Quem já semeou o milho está em uma condição mais favorável, com o solo bem úmido, o que é essencial para o desenvolvimento da cultura”, afirmou o meteorologista. Ele acrescenta que, embora uma maior quantidade de radiação solar seja ideal para o crescimento do milho, a condição de radiação difusa, com o céu nublado, não prejudica significativamente a planta, que aguarda um maior brilho solar.
Em relação às chuvas, o mês de março promete ser um dos mais chuvosos da região, com a expectativa de 250 mm, bem distribuídos ao longo do mês. O climatologista explica que o mês deve alternar entre períodos de sol e chuva, com a chuva típica de verão, que ocorre no final da tarde ou início da noite.
Sobre as temperaturas, a previsão para março é que permaneçam semelhantes às de fevereiro, com médias em torno dos 25°C. A influência do fenômeno meteorológico La Niña tem contribuído para uma distribuição mais equilibrada de chuvas e temperaturas mais amenas, favorecendo o desenvolvimento das culturas de soja e milho. “Neste ano, o La Niña tem trazido uma melhor distribuição das chuvas e temperaturas mais amenas, o que foi benéfico para a agricultura”, ressaltou o professor.
Apesar de ser cedo para prever o clima de abril, o Doutor Gilmar Oliveira Santos acredita que a influência do La Niña, que deve perder intensidade nos próximos meses, continuará a afetar o clima da região. “Embora o La Niña seja de fraca intensidade e de curta duração, o mês de abril deve ter chuvas dentro da normalidade, o que é essencial para garantir o bom desempenho das culturas, especialmente do milho, que está em campo nesse período”, concluiu.