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GOVERNANÇA: ALIADA DA EMPRESA RURAL

Pesquisas recentes mostram que no Brasil, 90% das empresas rurais são familiares e 75% delas tem uma vida inferior há 25 anos e sabe o motivo? Poucas desenvolvem o trabalho de sucessão familiar.

E nesse sentido de salvar as empresas rurais entra um trabalho de grande importância, o planejamento e a adoção de práticas que sejam capazes de proteger a empresa e garantir longevidade, como é o caso da prática da Governança, que nada mais é do que uma técnica administrativa capaz de profissionalizar a propriedade rural e resguardar a empresa familiar, garantindo a continuidade do negócio e à sucessão da gestão, além de estabelecer regras com foco na relação entre os membros da família, suas funções, responsabilidades e procedimentos operacionais inerentes.

A Governança está atrelada aos seguintes princípios básicos:
1 – Entendimento do negócio familiar e estruturação de um organograma funcional, só com as funções e sem nomes de pessoas;
2 – Descrição dos papeis e responsabilidades para cada função;
3 – Conhecimento do perfil e experiência de cada membro da família que está ou deseja estar no negócio;
4 – Cruzamento das necessidades identificadas no organograma com os perfis dos profissionais e seleção das pessoas para os respectivos cargos;
5 – Separação das contas da empresa x particulares;
6 – Estabelecimento de pró-labore para os sócios gestores.

O principal objetivo da Governança é profissionalizar a empresa rural, onde a harmonia familiar e a transparência nos resultados serão os principais pilares. Randolfo Oliveira, consultor de Gestão Financeira e Governança explica que os benefícios de se implementar a Governança são a transparência e “compliance” em todas as operações, sentimento de justiça entre os membros da família, harmonia entre os membros familiares, maior estabilidade financeira da empresa e credibilidade junto à instituições de crédito e consequentemente possibilidade de juros menores na captação de recursos. “Toda propriedade rural deveria desenvolver o processo de governança, por menor que seja a empresa, ela precisa implementar os pilares básicos de governança, pois harmonia familiar, transparência financeira e melhores resultados cabem em qualquer tamanho de empresa”.

COMO IMPLEMENTAR A GOVERNANÇA
Qualquer momento é propício para iniciar o processo de Governança e ele deve começar pelo entendimento do negócio e estabelecimento do organograma, mas para isso é recomendada a ajuda de uma empresa especializada no assunto, com uma equipe multifuncional, com consultores financeiros e psicólogos, que garantam que todas as etapas sejam cumpridas da melhor forma possível. Outro fator determinante é que todos os envolvidos no processo devem aceitar as mudanças necessárias.

A Governança aplicada ao setor rural é um caminho para a modernização e sustentabilidade das empresas agrícolas, no atual dinâmica que o agronegócio vive, não dá para entrar em uma era de modernidade e tecnologia com sustentabilidade, sem termos uma governança implementada. A Governança é a base de toda empresa saudável. Não tem como uma empresa crescer sem harmonia entre as pessoas e sem transparência financeira. “Vale a pena e muito acreditar nisto e implementar já a governança. Na dúvida, consulte um especialista a respeito”, conclui Oliveira

O CASO IRMÃOS CAVALET
Pensando em melhorar todo o processo produtivo da empresa familiar, o Grupo Cavalet, formado por três irmãos e sócios gestores, além dos respectivos filhos, que são também gestores na empresa, resolveu implementar o processo de Governança na empresa rural, cujas regras e procedimentos foram alinhados durante o período da consultoria Agricompany de Gestão Financeira e Governança.

Durante o andamento de consultoria, a equipe da Agricompany trabalhou pesquisas e entrevistas de perfis com a ajuda da empresa Talent Gestão, realizou a montagem do organograma e definiu os papeis e responsabilidades de cada gestor, com base nos perfis e experiência. “Depois disto separamos as contas particulares com as da empresa e alinhamos pró-labore para cada um. Várias outras regras foram também alinhadas entre os irmãos, inclusive assuntos sensíveis que não eram conversados há mais de 20 anos e conseguirmos chegar num consenso geral. Foi muito gratificante ter participado de todo este processo”, reforça Randolfo Oliveira.

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