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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO FINANCEIRA NA PROPRIEDADE RURAL

O início da safra 2024/2025 no Brasil será desafiador, afinal, as altas temperaturas, baixa umidade do ar e queimadas serão um entrave para os produtores rurais. O cenário que já estava difícil para muitos, piorou com as queimadas, onde a falta de uma palhada de braquiária ou milho poderão impactar a produtividade da soja, principalmente nas áreas com solos mais arenosos e mistos. Por este motivo, ter sempre uma equipe especializada para cuidar das estratégias é de fundamental importância.

Em momentos onde a incerteza ronda o agronegócio, conhecer profundamente a situação financeira do negócio, a fim de que se possa tomar as decisões assertivas, seja na compra de insumos, custos operacionais e investimentos, é um fator primordial, como explica o consultor de gestão financeira e governança, Randolfo Oliveira, “a primeira e mais importante decisão do produtor rural neste momento é aceitar que a fazenda precisa ser tratada como empresa rural, e em seguida planejar os próximos passos. Dentro desta profissionalização temos vários pilares, mas considero a governança e gestão financeira as mais importantes e imprescindíveis para uma estabilidade financeira a longo prazo para o negócio do produtor”.

Vale ressaltar que as variações do mercado acendem alertas. Ter o controle financeiro rigoroso da atividade agrícola faz toda a diferença, principalmente frente a tanta oferta dos agentes financeiros. “Para aqueles produtores que estão em situação financeira complicada, uma captação de recursos a juros baixos é muito bem-vinda, principalmente para capital de giro e/ou quitação de dívidas com juros maiores. O que não é recomendado é este produtor, que está com dificuldades, pegar recursos e fazer investimentos que trarão um retorno somente a longo prazo, complicando ainda mais a situação”, reforça Randolfo.

Já, a instabilidade do mercado pode trazer boas chances para produtores que souberem aproveitar os períodos de alta, principalmente para aqueles que estiverem transformando as propriedades tradicionais em empresas rurais. “Aqueles produtores capitalizados, com armazéns e utilizando as ferramentas disponíveis no mercado financeiro, terão resultados bem superiores comparados aos produtores rurais que não estão preparados”.

Quando o produtor mantém uma rotina de gestão financeira, ele consegue realizar um planejamento dos negócios, com o objetivo de traçar um plano efetivo e definido para a saúde financeira da propriedade. Agora, caso o produtor não tenha um trabalho financeiro efetivo e esteja em dificuldade financeira e não consiga honrar com os compromissos, então é necessária uma reestruturação geral do negócio. “Encontrar oportunidades de melhoria na rentabilidade, renegociando as dívidas e fazendo aportes de recursos, que possam dar um rumo positivo para a empresa é uma alternativa importante e caso o produtor não consiga fazer isto sozinho, buscar ajuda com uma empresa de consultoria especializada neste assunto é imprescindível”.